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Consultoria Eurasia define os cenários de 2022

Consultoria Eurasia define os cenários de 2022

Os negócios, sejam eles de qualquer natureza, se desenvolvem com o mínimo de previsibilidade. Afinal, planejar é, de alguma forma, criar cenários futuros e estar preparado para as diferentes situações. Para ajudar nessa tarefa, todo início de ano, a Eurasia Group — uma das maiores consultorias políticas do mundo — lista os principais riscos geopolíticos.

Obviamente, algumas perspectivas impactam mais que outras – estamos terminando o primeiro mês do ano e algumas previsões já estão se concretizando. A principal delas é sobre a Pandemia da Covid-19. Em 2021, o risco era que a pandemia fosse mais longa, o que de fato ocorreu e neste ano a pandemia deve acabar, pelo menos nos países desenvolvidos, orientam os especialistas da Eurasia.

A previsão vai de encontro ao que pensa o diretor do escritório europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS), Hans Kluge. “É plausível que a região esteja se aproximando do final da pandemia.” O mesmo não pode ser dito sobre países mais pobres ou a China, por exemplo, que têm e terão maior dificuldade com a vacinação, surtos maiores da doença e lockdowns mais severos, que prejudicam a Economia.

Outro cenário que impacta diretamente os mercados de comunicação e marketing é a disputa entre os governos e as Big Techs. Embora os governos se esforcem para definir as regras do mundo digital, são empresas como a Meta que dão as cartas. Contudo, as Big Techs não têm mostrado como manejar as ferramentas e mercados que estão criando. Isso gera insegurança sobre o uso ético dos dados, o que fragiliza a cibersegurança.

Apesar de não constar no relatório da Eurasia, vale uma atenção especial para o Brasil, que em 2022 tem eleições gerais – as campanhas devem ser intensificadas nas redes sociais. Como há forte polarização entre Bolsonaro e Lula, uma série de fake news serão distribuídas por ambos os lados. O STF já acionou o Telegram sobre esse tema e cogitou banir o aplicativo do Brasil – isso seria catastrófico porque o mensageiro funciona como mecanismo comercial para milhares de empresas.

Um ponto muito bem observado pelos analistas da Eurasia é a “cultura do cancelamento”, que deve causar prejuízo de imagem generalizado. Os cidadãos, hard users das redes sociais, perceberam a sua força – seja na posição de consumidores e funcionários – pressionarão as companhias multinacionais e os governos que as regulam. O resultado é que essas companhias irão investir rios de dinheiro em temas como meio ambiente, cultura, assistência social e política, aumentando ainda mais a importância de uma cultura ESG verdadeiramente forte.

Contudo, haverá um dilema para essas corporações, porque se de um lado, elas se posicionarem contra o trabalho análogo a escravidão praticado na China, os próprios chineses, consumidores indispensáveis, “cancelaram” essas empresas. Porém, se elas não o fizerem, sofrerão com a fúria dos reguladores e consumidores dos EUA, Reino Unido e da União Europeia, por exemplo.

Por falar em ESG, a Eurasia destaca que as metas de descarbonização de longo prazo vão acabar colidindo com as necessidades de energia de curto prazo — potencialmente atrapalhando o processo de transição energética. Em 2021, haverá uma pressão mundial sobre os custos de energia e isso vai se intensificar em 2022. Resultado: os governos terão que escolher entre apaziguar os eleitores ansiosos com políticas que atrasam as metas climáticas, ou resistir em um ambiente de mercado de energia hostil e imprevisível.

Outros cenários indicados pelos especialistas da Eurasia apontam sobre disputas políticas e bélicas em torno do globo. No que tange ao Estado Unidos, por exemplo, as “midterm elections” vão piorar a polarização – os Republicanos devem retomar o controle da Câmara dos Deputados e possivelmente Senado, as reverberações devem gerar ainda mais dúvida sobre eleições que o democrata Joe Biden venceu.

Aliás, a relação entre os Estados Unidos e a Rússia deve ser cada vez mais tensa, mas os yankees devem se manter distantes dos conflitos. Inclusive contra o Irã, que está avançando com seu projeto nuclear, o que tem feito os israelenses pedirem uma ação mais agressiva dos americanos. Dessa forma, os Estados Unidos não querem continuar sendo a “polícia do mundo”, a União Europeia, o Reino Unido e o Japão são incapazes de preencher esse vácuo de poder.

A China, por sua vez, enfrentará seus próprios desafios em 2022: os pushbacks do Ocidente, a exaustão de seu modelo de crescimento, a alavancagem em excesso da economia e o rápido envelhecimento de sua população. Isto é, a China vai crescer menos e isso pode afetar o mundo inteiro.

Portanto, segundo a Eurasia Group, este ano será de muitos desafios, mas também de muitas oportunidades. A Manacá está se preparando para os diversos cenários que nós e nossos clientes estão envolvidos, sobretudo nas áreas da indústria, infraestrutura e saúde. Afinal, comunicar-se bem sempre será necessário.

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